Bolsas dos EUA fecham a semana em alta após dados de emprego Dow Jones avançou 1,38%, S&P 500 subiu 1,28% e Nasdaq, 1,32%.Diminuíram os temores de que o Fed reduza programa de estímulo.
Fonte Reuters
O índice Dow Jones teve sua melhor performance diária desde 2 de janeiro e as bolsas dos Estados Unidos fecharam a semana em alta, na medida em que dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos aliviaram temores de que o Federal Reserve, banco central do país, reduza seu programa de estímulo no futuro próximo.
O índice Dow Jones avançou 1,38%, para 15.248 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,28%, para 1.643 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,32%, para 3.469 pontos.
Na semana, o Dow Jones acumulou alta de 0,9%, o S&P 500 avançou 0,8% e o Nasdaq ganhou 0,4%.
Os três principais índices acionários avançaram mais de 1% na sessão, ampliando os ganhos próximo ao enceramento dos negócios, com bens de consumo e outros setores cujo desempenho depende das perspectivas de crescimento liderando a alta. O S&P 500 e o Nasdaq tiveram seus maiores ganhos percentuais desde 16 de abril.
As ações têm avançando na maior parte deste ano, mas começaram a perder fôlego após o chairman do Fed, Ben Bernanke, afirmar em 22 de maio que a autoridade monetária pode decidir reduzir seu programa de compra de bônus em alguma das próximas reuniões se dados mostrarem que a economia está melhorando. O S&P 500 registrou na sexta-feira passada sua primeira série de duas perdas semanais no ano.
"O mercado vendeu fortemente no início da semana, acreditando que o Fed está próximo de parar. Os números de hoje deixam bastante claro que o Fed não pode parar ou mesmo reduzir o estímulo em setembro, como eles gostariam, então, ironicamente, as bolsas subiram", disse o diretor de gestão do HighTower Advisors, Brian Amidei.
Os dados mostraram ganho de 175 mil postos de trabalho em maio, levemente acima das projeções de economistas, mas uma taxa de desemprego ligeiramente mais alta, a 7,6%.
Alimentos ajudam e IPCA tem menor alta em um ano em maio a 0,37%
Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira fonte Reuters
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 7 Jun (Reuters) - O IPCA subiu 0,37 por cento em maio, menor alta em quase um ano e com redução do índice de difusão, resultado favorecido pela pressão menor dos preços dos alimentos e pelo consumo em queda.
A alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é a menor desde junho de 2012, quando foi de 0,08 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Em abril, o IPCA havia subido 0,55 por cento.
Nos 12 meses acumulados até maio, o índice subiu 6,50 por cento, ante 6,49 por cento em abril, exatamente no teto da meta do governo, de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais.
O resultado ficou em linha com as expectativas de analistas ouvidos pela Reuters, que esperavam alta mensal de 0,38 por cento em maio e 6,51 por cento em 12 meses.
Os preços do grupo Alimentação e bebidas subiram 0,31 por cento no mês passado, depois de uma alta de 0,96 por cento em abril. Com isso, o impacto no IPCA de maio foi reduzido a 0,08 ponto percentual, ante 0,24 ponto no mês anterior.
"Aquela deflação que estava acontecendo nos preços agrícolas no atacado finalmente tem efeito sobre a inflação no âmbito do consumidor", destacou O estrategista-chefe do Banco WestLB, Luciano Rostagno.
O destaque foram os preços do tomate, que caíram 10,31 por cento em maio, ante alta de 7,39 por cento em abril, com impacto negativo de 0,04 ponto no indicador. Outros produtos como açúcar, óleo de soja, frango, carnes e arroz também tiveram variação negativa.
"Foi uma mudança brusca de movimento para baixo no IPCA por conta de alimentos, seja pela entrada da safra recorde, seja pelos efeitos da desoneração da cesta básica", explicou a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos, destacando que em 12 meses os alimentos acumulam alta de 13,53 por cento.
Por outro lado, os remédios exerceram o principal impacto de alta sobre o IPCA de maio, com 0,06 ponto percentual, mas a taxa desacelerou na comparação com abril ao atingir 1,61 por cento, ante 2,99 por cento no mês anterior.
Isso favoreceu a desaceleração da alta no setor de Saúde e cuidados pessoais a 0,94 por cento, ante 1,28 por cento no mês anterior, mas este ainda foi o grupo com maior variação no mês .
Gráfico de inflação https://link.reuters.com/kuw76s
Com esse resultado, o índice de difusão do IPCA caiu para 63,0 por cento em maio, ante 65,8 por cento em abril, de acordo com o Banco Fator.
O IBGE destacou que a própria inflação mais alta no começo do ano vem forçando a desaceleração de preços, ao afetar o consumo, principalmente em serviços como manicure e cabeleireiro. O item Serviços pessoais desacelerou a alta para 0,53 por cento em maio, ante 0,95 por cento no mês anterior.
"Alguns itens do IPCA sugerem que os preços mais altos estão inibindo a demanda", afirmou Eulina, do IBGE. "A própria alta dos alimentos no começo do ano mexe com o consumidor. Quando eles sobem, a sensação é de que a inflação está aí e as compras de outros bens ou serviço se reduzem."
NOVO ESTOURO DA META
A inflação em 12 meses, no entanto, deve estourar novamente o teto da meta do governo neste mês, uma vez que sairá da série acumulada junho do ano passado, quando o IPCA subiu apenas 0,08 por cento.
"(A inflação deste mês) ficará nessa faixa de 0,30, 0,35 por cento, então vai subir de novo em 12 meses, superando o teto", disse o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves. "Essa oscilação no curto prazo é o que incomoda porque se demorar muitos meses vai estragando as expectativas."
Em junho o IPCA sofrerá em junho o impacto dos aumentos de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo --o peso do custo dos ônibus urbanos no índice é de 2,65 por cento, um dos 5 maiores do índice.
Segundo o IBGE, o mês de junho vai captar ainda os aumentos de ônibus em Goiânia, táxi em Porto Alegre, taxa de água e esgoto em Belo Horizonte, trem em São Paulo, metrô em São Paulo e taxa água e esgoto em Fortaleza.
DÓLAR
Para Gonçalves, esse quadro inflacionário justifica a mudança recente da comunicação do Banco Central e a aceleração do ritmo de alta da Selic. No mês passado, o BC elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, depois de a ter elevado em abril em 0,25 ponto.
A autoridade monetária também endureceu o discurso e pintou um quadro mais feio para a inflação, afirmando que trabalhará com a "devida tempestividade" para combatê-la.
E na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na quinta-feira, o BC mencionou ainda a tendência de valorização do dólar, o que pode alimentar ainda mais a inflação.
"Se o dólar continuar subindo, pode haver o risco de a inflação terminar o ano próxima do teto da meta, o que seria preocupante", avaliou Rostagno, do WestLB. "Ou seja, o dado de inflação (de maio) está refletindo mais a desaceleração dos preços dos alimentos do que realmente indicando algum alívio mais permanente."
(Reportagem adicional de Silvio Cascione, em São Paulo)
Dólar fecha em queda nesta quinta, depois de um dia de forte volatilidade da moeda norte-americana recuou 0,40%, cotada a R$ 2,1226 para a venda. Na véspera, mercado de câmbio brasileiro enfrentou um forte sobe e desce.
O dólar comercial fechou em queda em relação ao real nesta quinta-feira (6), depois de um dia de intensa volatilidade na quarta-feira, em que a moeda dos Estados Unidos fechou em alta, apesar da atuação do Banco Central.
A moeda norte-americana recuou 0,40%, cotada a R$ 2,1226 para a venda. Veja a cotação
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a queda ocorre diante da percepção de que o Banco Central fará um ciclo de aperto monetário mais agressivo para combater a inflação, mas temores no exterior seguravam uma desvalorização maior.
O BC mostrou uma postura mais combativa em relação à inflação na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, ao apontar que a alta da taxa de juros "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". Juros maiores tendem a atrair investimentos para o país e puxar o dólar para baixo.
O dólar chegou a anular a queda ante o real devido a preocupações com a zona do euro após declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. No entanto, a abertura de Wall Street no campo positivo voltou a impulsionar o sentimento por risco e a pressionar o dólar para baixo.
"O desempenho da moeda está ligada ao desempenho de bolsa. O mercado (acionário) atuando em patamar positivo causa fuga de investidores do dólar", afirmou o gerente de análise da XP Investimentos Caio Sasaki.
Na quarta-feira, o mercado de câmbio brasileiro teve um dia marcado por forte volatilidade, com o dólar subindo, mesmo com o BC tendo voltado a atuar para conter os ânimos dos investidores.
Inflação vai 'sair de pauta' porque vai para patamar menor, diz Mantega Segundo ministro, os preços dos 'alimentos todos estão caindo' .Em doze meses até abril, IPCA teve alta de 6,49%, segundo IBGE. Pelo visto o ministro não vai as compras!
06/06/2013
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (5) que a inflação é um assunto que tende a "sair de pauta", em uma referência ao noticiário econômico dominado por esta questão nas últimas semanas, uma vez que ela "caminha para patamares cada vez menores". Mas estes patamares não chegam aos bolsos dos consumidos que cada vez mais veem seus salários desaparecerem, voltando a lembrança dos velhos e maus tempos da inflação vivida por nós nos anos 80 e 90.